sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Escolhas

Eu devia ter feito esse no dia 14 de novembro '^^
Esse poema é para minha prima -v- Vic, feliz aniversário atrasado!

Escolhas

Em frente só há o vazio
um caminho escuro e sinistro
sem estradas
sem previsões
Não há flores
nem cheiro
Nenhuma luz numa brecha
nem uma lacuna para espiar
o que terei de enfrentar

Não posso ir para trás
é impossível
Mesmo que eu queria muito,
sou arrastada,
puxada,
para frente
Não é possível
voltar

Pediram-me para dizer a cor do céu
mas
tudo o que vejo é cinza
Sem cor, sem vida
Sem esperanças
Esse é o interior
de uma jovem desesperançada

Minha linhagem
meus iguais de sangue
meus genitores
não escutam o que meus olhos veem
Não querem ouvir
Não me escutam

Ouvir dizer
que o caminho a frente
é similar a mim
Que esse tem as cores que eu quero
os sons que eu ouço
os cheiros que eu sinto
É minha escolha
Minha terrível e frustrante escolha
seguir o amanhã
e clareá-lo com minha própria luz

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Fantasia

Fantasia

Há o começo e há o fim
Meus pensamentos são transferidos
para cima das linhas azuis
Todas as flores me observam
falando que minha insanidade não tem olhos
Há o meio e a verdade
A transparência dos seus olhos é opaca
Seus lábios parecem máscaras

Há a luz e a escuridão
Minha borracha apaga minha língua
e meu lápis reescreve os fatos

Os pássaros dizem que meu corpo é negro
e meu rosto é branco
Seus caules me enrolam
e mudam de cor
Também troco,
porém continuo desigual
Numa nova cor que não é a dos meus olhos

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Desordem

Desordem


A colina se espreguiça
o sol espirra
as nuvens metem as lâminas nos pulsos
e você sorri daquele jeito bobo
sem se importar com o mundo a sua volta
cometendo seu pecado
com sua alegria insana

devorando outro lábio
olhando outros olhos
e me matando
estraçalhando o coração que já não me pertence
jogando minha alma no rio
deixando a correnteza obscura me levar

eu grito num silêncio rouco
mas seu ouvido só ouve mel
por mais que eu tente acreditar
sei que essa chuva nunca vai passar

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Caminho

Já publiquei esse no Tumblr.

Caminho

Saio de casa todo dia esperando,
o dia todo, o talvez.
Talvez eu seja feliz por um dia.
Talvez eu seja triste.
Talvez eu sorria.
Talvez eu chore.
Talvez eu ame.
Talvez eu odeie.
Talvez eu admire as coisas simples que há no mundo, mostrando minha simplicidade maior ainda ao contemplá-las.
Talvez eu reclame da poluição, da extinção e das pessoas.
Talvez o “talvez” se torne concreto.
Talvez meu desejo seja mais discreto.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SIM

S aiba que dizê-lo à vida
I rá fazer as coisas melhorarem
M uito mais do que sua mente nublada é capaz de imaginar.


É isso aí. A vida só está esperando que você diga 'sim' e a esperança renascerá.

domingo, 14 de setembro de 2014

Adolescência

Adolescência

Ela está com medo
Vocês não veem?
Ela está tremendo
Ainda é cedo

Ela está assustada
Vocês não percebem?
Ela quer fugir
Não quer ver vocês
Já foi muito maltratada

"Escreva sobre a felicidade"
Mas ela não sabia o que dizer

Ela está infeliz
Por que não estou surpresa?
A felicidade está embaixo do nosso nariz
Mas foi tampado com uma mesa

Ela está chorando
Vocês não estão ouvindo?
Ela implora
Implora por ajuda
Por que isso?
Por que ninguém está sentindo?

É normal
Todos passam por isso
Todos têm que sentir
Mas ninguém quer saber
Ninguém quer ouvir

Por que ela está sorrindo?
Não está triste?
Por que não diz a ninguém?
Por que ela não quer me ouvir?
Se não eu,
ela terá quem?

Carnal

Esse poema é meio que baseado numa fanfiction que eu fiz :P

Carnal

Num quarto escuro e abafado
sons excitantes são ouvidos
Calor e anseio
Gemidos e gritos

Dois corpos que se encaixam perfeitamente
Duas bocas que se devoram avidamente
Duas línguas que dançam sensualmente

Mãos deslizando em peles cálidas
Movimentos sincronizados
Arquear de costas
Dor e prazer

Após tudo, o bocejo
Olho no olho
Suor escorrendo
Estalos de beijo
Isso seria amor?
Ou desejo?

sábado, 13 de setembro de 2014

Esperança

Esse poema não é meu! É do meu amigo Eduardo Andrade -v-

Esperança

Caminhando para o destino final
campos verdes ficando para trás
casa, família, amigos...
nada sempre marchando em frente

Elfos, fadas, anões, dragões e seu cavaleiros
terras deixadas para trás
famúlias a serem multiladas 
tristeza e desolação

Ao longe, trombetas mortais ecoavam
A mancha negra que cobria céus e terras
O destino final se aproxima
"Que os deuses nos perdoem"

Gritos, sangue, dor, agonia...
Guerreios, heróis de suas terras
Lâminas cruzadas na dança mortal 
Dançarinos no chão aos braços da morte

Dragões dominavam os céus
Sangue banhava a terra
Fumaça e poeira dançavam no ar
"Oh, deuses, me levem para casa"

Com medo e desesperado
Apenas uma coisa o motiva a lutar:
A esperança de voltar para casa
Esperança de voltar para sua amada

Dias se passavam 
Medo e desolação os assombravam
Os inimigos avançavam
Esperanças...

Magias, armadilhas, reforsos
Nada intimidava seus inimigos
"Demônios sanguinários"
"Oh, deuses, um último pedido..."

"Lutem por suas vidas"
"Lutem pelo que amamos"
"lutem.."
a batalha final...

Olhos de predador
passos brutais de uma dança homicida
desejo e ódio
fogo e sangue

O medo dominou seus inimigos
Movimentos hesitantes
Esperança renovada
Desejo...

Ele o encontrou...
O líder das trevas 
Rodeado de cadáveres
Os olhos vermelhos o encarava

A dança mortal
Espadas colidiam
O final estava próximo
"Por favor, que seja eu"

A dança mortal intensificava
"Morra!!"
Um único movimento
O líder jazia a seus pés

Os inimigos sumiam como fumaça
Os heróis hesitavam perante a vitória
Sangue e corpos jogados no chão
A única prova de uma luta

Gritos, abraços e alegria
Vivos...
Nenhum motivo a mais para comemorar
"Obrigado, deuses"

Ela o esperava com lágrimas nos olhos
O abraçou com toda força
Nem a morte ousaria leva-lo naquele momento
"Eu te amo"

Uma flor no deserto

Uma flor no deserto

Os olhos procuram seus desejos
As mãos tateiam suas ambições
As mentes pensam em seus anseios
Presos em suas fixações

Oh, mesmo se eu soubesse o que esses corações sentem,
Ainda que eu curasse suas dores,
Se eu ouvisse seus gemidos sôfregos na madrugada
clamando por ajuda
Implorando o perdão dos seus delitos
Contorcendo suas mentes em suas próprias aflições,
Eles não viriam até a mim

Um suspiro angustiado ecoa em suas gargantas todos os dias
Um tremor assustado
Um sorriso forçado
Um olhar desesperado

Eles procuram algo novo
Querem uma novidade
Mas não veem
Seus olhos estão presos em si mesmos
Suas visões funcionam apenas em espelhos

E mesmo se eles fossem à algum lugar novo
Não procurariam inovação
Porque querem a mesmice
Querem o óbvio
Querem o que é necessário
Afinal, ninguém procura flores no deserto

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Uma dose de desapego

Uma dose de desapego

Uma dose, por favor, para um coração que sofre por um amor não correspondido
Uma dose para uma destruição no lado esquerdo de um peito dolorido
Uma dose para um turbilhão de pensamentos esquecidos
e que de tempo em tempo lembra-se das frustrações passadas
que de tanto tempo torna-se a vida do seu tempo

Uma dose para um pobre esquecido cujo cupido não atendeu seu pedido
Uma dose para um pobre desiludido
Uma dose para uma pobre criatura que não sentiu o calor no peito
Uma dose para um pobre homem que teve um amor desprezado

Um pobre ser humano que não teve seus desejos realizados
E que dose em dose tem suas desilusões esquecidas
Nem que seja por um segundo, uma hora ou um dia
Mas nesses tempos tem seus pensamentos aliviados

Sua herança são as doses de esquecimento
Que, como uma criança, esquece tudo por uma noite
e tudo volta no dia
Uma dose, por favor, para um homem a espera do passado
e livrando-se de um futuro perdido

terça-feira, 24 de junho de 2014

Paixão?

Mais um aí na minha inovação ^-^

Paixão?

Todos dizem que não
Eu digo que sim
Eles não sabem
Explicar é em vão

Olhos brilhantes
Sorriso
Cor não importa
Sabe demais

Dois iguais?
Problemas a parte
Melhores amigos
Diferentes
Não se o que fazer
Não sei como fazer
isso parar

Olhares estranhos
Qual o problema?
Palavras afiadas
O que houve?

Mesma altura
Mesmas mãos
Mesmas roupas
Mesmos pés
Iguais e diferentes
Por quê?

H
Sempre a mesma palavra
A palavra com H

Não sabe amar?
Eu posso te ensinar

Por que não?
Eu te amo
Por que não acredita?

Tão iguais e diferentes
Por que não podemos ser felizes juntos?

Não posso te beijar em público?
Por que ninguém pode nos ver?
Eu te amo
Por que ninguém acredita?

Cansou?
Não quer mais me ver?

Meu corpo dói
Estou com marcas roxas

Ex-melhores amigos
Ainda te amo

Por que não podemos nos amar?

Bonecas

Decidi inovar um pouco. (Escrevi esse poema escutando uma música).

Bonecas

Eu estive pensando num sonho
Talvez alguém o escute
Quem poderá dizer?
Não interessa, sempre é assim
Destruída, remendada
Sem importância
Uma boneca

Embaçado, confuso
Talvez os olhos sejam azuis
Número 2
Minha visão está embaçada
Talvez ninguém nunca saiba
O calor está aumentando

Ah, não sei
Apague todas as suas lembranças também
Ah, eu quero saber
Até o fundo

Hm… bem… não quero aceitar
Ah, sim!, não quero saber
O que eu deveria saber?
Boa pessoa?
Elas enganam
Sorrisos? Sussurros?
O que eu deveria fazer a respeito de tais sentimentos?
Você poderia me dizer?

Número 14?
Por que a mudança?
Mestre? Senhor?
O mundo está girando
Sem olhares, sem importância
Uma boneca

Escute bem o que eu digo
Não me ouça
Azul e amarelo
Camas e lençóis

Você e eu num encontro?
Ou apenas saindo?
Diga relaxe, relaxe
Mas não se acalma

Suor e gritos
Ninguém escuta
Ou ninguém quer ouvir?
Gritos e suor
Acho que não se importam

Espera, você diz, espera, espera
Você e eu num encontro?
Você está doente?
Isso é um pesadelo
Sem importância, sem sentimentos
Perfeita e bela

Uma boneca

sábado, 14 de junho de 2014

Quem sabe um dia...

Quem sabe um dia...

A vida é bela
A vida é dela
Ela é minha
Mas só em tela

Minha mente dá voltas
E reviravoltas
Esta só imagina
E me revolta

Ela me beija
Mas não sente
Ela me abraça
Mas não sabe
Ela não me ama
Mas fico contente

Quem sabe um dia ela me note
Quem sabe um dia ela perceba
Quem sabe um dia seus olhos brilhem
E, do meu amor, beba

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Vida

Vou dizer o que aprendi nessa
Ida e vinda do tempo:
Depois que tudo o que você passa
A única coisa que importa é o amor.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Anjo

Anjo

Uma voz cantava
As folhas remexiam
O lago brilhava
Aves piavam

O verde era mais forte
O azul mais intenso
O branco mais denso

Dois olhos negros
Um sorriso branco
Uma pele morena
E cachos castanhos

A brisa fraca
O cheiro de flores
Um pouco de concreto
O fedor da fumaça

A falta de amor
A desconfiança
O ódio
E a hipocrisia

A única salvação foi ele
Um garoto de vestes rasgadas
Rosto sujo
E muito magro

Duas asas invisíveis
Duas asas inexistentes
Uma áurea brilhante
Uma áurea inexistente

Um sorriso gigante
Alegria contagiante
Amor no coração
E paz na mente

Porém ele não acordou
na semana seguinte
Não fechou os olhos
Alguém fez isso
Algum demônio
Mas seu sorriso continuava lá

(Sem título)

(...)

Era um garoto um tanto estranho
Não gostava de ler
Não sorria
E sempre estava olhando o relógio
Seus pais costumavam
a chamá-lo de "O Observador"
E sempre sorriam quando
o garoto falava algo com a voz enguiçada

Era um garoto esquisito
Estava sempre lendo
Corava com tudo
E sempre estava olhando o relógio
Seus irmãos costumavam
a chamá-lo de "O Nerd"
E achavam engraçado quando
o garoto perdia os seus óculos

Era um garoto um tanto esnobe
Reclamava
Mandava todos calarem a boca
E sempre estava olhando o relógio
Seus colegas costumavam
a chamá-lo de "O Metido"
E achavam cômico quando
o garoto se sentia solitário

Era um garoto extrovertido
Fazia piadas
Era gentil
E sempre estava olhando o relógio
Seus amigos costumavam
a chamá-lo de "O Companheiro"
E sempre gargalhavam quando
o garoto fazia uma careta

Era um garoto quieto
Sempre olhava o mesmo objeto
Nunca mentia
E sempre ouvia o tic-tac
"Por que você não para
de olhar esse relógio?"
perguntava sua professora
E a resposta soava óbvia como as estrelas:
"É engraçado como tempo não para
por nada nem por ninguém"

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Condescendência

Condescendência

Você se diz minha amiga
mas não me apoia

Você se diz minha inimiga
mas só me dá bola

Vocês são espelhos
e como tais, não são sinceros
Não dizem a verdade
Não falam o que estão sentindo por dentro

Você diz que me gosta
mas não se importa

Você diz que me odeia
mas só se importa

Qual o meu problema?
O que eu tenho de errado?
Por que só atraio hipócritas?
Por que atraio pessoas condescendentes?

Dizem que os opostos se atraem
mas eu não acredito nisso
É só um lema idiota para ímãs
Isso não tem rima
mas é um fato

Elas são amigas
mas se odeiam

Elas são rivais
mas se apoiam

Cadê a sinceridade?
Como isso tudo vai acabar?

Você

Mereço comentários? :P

Você

Eu vi aquelas palavras
Ouvi sua voz me dizer
Vi sua mensagem me escrever
E de repente eu estava sem chão

Foi como uma flecha entrando em meu peito
A flecha da dor
Ela apareceu sem ser convidada
E em meu coração ficou cravada

Não é clichê
Não foi uma dor psicológica
Foi uma dor física
Você me machucou de verdade

E não importa quantos anos se passem
A dor continua lá
Mesmo que eu me acostume
Sei que ela não saiu
Porque é a única que não vai me deixar

Você me ajudou
Você me "amou"
Em você me fez crer
E me apaixonar
Você me decepcionou
Você me machucou
Agora só um desejo consigo ter
Que é
Ver você
Morrer

Sentir

Só postei uma palavrinhas do que eu meio que estou sentindo agora

Sentir

Dor
Aperto
Mágoa

Decepção
Tristeza
E lágrimas

Imensidão
Escuridão
Exaustão
E solidão

Raiva
Ódio
Angústia
E aversão

Sem importância
Sem significado
Sem sentido
Sem emoções

Por quê?
Por que vocês, hipócritas que se dizem serem humanos, fazem toda essa tormenta, em mim, aparecer?
Me fazem crer em coisas dolorosas
e assim me perder

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Onde está o amor?

Esse poema é dedicado a uma amiga minha, Alessandra ^-^

Onde está o amor?

Sorrisos
Abraços
Carinho
Promessas
Sempre vindo de todos
Sempre dos seres humanos

Tudo o que eu queria era a verdade
Só quero alguém verdadeiro
Alguém que sorria pra mim
com facilidade

Eles dizem que querem amor eterno
Mas num dia amam
e no outros desistem
Dizem que querem verdadeira amizade
Mas num dia brigam
e no outro insistem

Ninguém a hipócrita
a sociedade o é

As pessoas querem atenção
querem que alguém as escute
mas não têm noção
que elas se ignoram
E na opinião dos outros
dão um chute

Antes um mais um eram dois
Hoje dois são um mais um

Eu grito querendo explicar
Mas ninguém quer me escutar
Eu tento mostrar minha voz
Mas minha língua só dá nós

Onde está o amor?
eu pergunto
Cadê a franqueza?
eu questiono
Por que todos querem ser independentes
e não percebem que se guardar
é a sua principal fraqueza?
mas respostas nunca vão dar

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Guerra

Cara, postar pelo celular é horrível!

Guerra

Brigas por nada
Ódio distribuído
Ofensas de graça
Ninguém tem amigos

Adolescentes fechados
Cegos e surdos
Não querendo ouvir ideias
Achando que são adultos

Crianças infelizes
Estupro por toda parte
Pessoas insensíveis
E o planeta morrendo
Ninguém percebe a sua arte

Todos reclamam
Estão cansados de tudo
Mas quem faz algo?
São todos cegos, surdos e mudos

O que está acontecendo?
Pais e filhos se matando
Ninguém mais está vivendo e nem amando

Alguma coisa está errada
A humanidade é o monstro da Terra
Mas ninguém se importa
Ninguém vê esta guerra

domingo, 20 de abril de 2014

Evolua

Poema pra reflexão...

Evolua

Não me deixe só
Não vá embora
Não me deixe na escuridão
Não vá para fora

Sou apenas uma boneca de vidro
Deitada no chão de uma rua sem significado
Num mundo sem sentido

As pessoas passam por mim sem se importar
Elas pisam em mim
Elas me quebram
Destroem cada pedaço de meu peito
E não se importam
Ninguém quer saber
Ninguém quer ver
Ninguém quer ouvir

A morte interior
é a pior que pode existir
As pessoas se matam
e continuam a insistir

Sou apenas mais um fantoche
num mundo de marionetes

As pessoas passam e não sentem o cheiro de morte
Não sentem cheiro do homicídio
Não percebem que se matam

Não se importam com quem é quem
Não se importam com quem eu sou...
Quem eu sou?
Eu já nem sei responder
Devo ter uma distorção daquilo que querem
Sou um fruto dessa sociedade torcida e sombria

Somos peões de um jogo insano
Seres sem nexo
Coisas substituíveis, descartáveis
Um grão de areia triste no meio da depressão
Uma estrela sem brilho na imensa escuridão
Confusões esperando a respiração cessar

E eis que lhe pergunto:
você quer viver?
Você sabe viver?

quinta-feira, 20 de março de 2014

Tormenta

Oi \o

Tormenta

Eu escrevi uma carta
Talvez alguém lerá
Quem pode garantir?
Não diga nada a ninguém
Está tudo de pernas pro ar
E eles só conseguem sorrir

Confusão e tempestades
Relâmpagos e palavras
Os textos se misturam
E as desordem se iniciam
Mas sou uma Matryoshka

Olhares cruzados
Sorrisos de lado
Desconfianças
E raiva

O tempo não para
mas minha mente não continua

O que eu posso fazer?
Você pode me dizer?
Alto e claro, por favor
Preciso de alguém pra crer

O que faço a respeito de tais sentimentos?
Você entende o que quero dizer?
Tudo será ridicularizado
E estou num martírio neste momento
E não há nada que você possa fazer

sexta-feira, 7 de março de 2014

Feridas

Oi :3

Feridas

Um retângulo pequeno
De um material gélido
Fino como um papel
Mas pequeno e perigoso
como uma agulha
Esse é o meu melhor amigo

Pressionei-o na parte azulada
E deslisei com força
Primeiro apareceu uma pequena bolha
Logo em seguida ela foi se espalhando
E por último o líquido quente escorreu

Mesmo após este ato
As feridas ainda doíam
Feridas que não podem se ver
Nem se curar com curativos

Só apareciam mais teias de aranha
Mais cicatrizes brancas na pele fina
Mais cicatrizes finas nos pulsos

Por favor não me julguem
Por favor não me machuquem
Por favor não me batam
Apenas me escute
Eu só quero que você me entenda

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A beleza do demônio

Oi de novo! o/

A beleza do demônio

Era um bela visão
Tinha olhos e cabelos claros
De arrasar corações
Um garoto
Desses, bem raros

A garota se encantou
Com tamanha beleza!
Parecia um anjo caído
Se apaixonou, com certeza

Ele a olhava nos olhos
Um sorriso de lado
Sua mão se estendia
E logo dizia:
"estou apaixonado"

Seu sorriso aparecia
Estavam num lugar
Mas onde seria?
"Onde estamos?"
Olha-a terno
enquanto respondia:
"Aqui é o inferno"

De fato era um anjo
Nisso teve sorte
Mas infelizmente
Era um Anjo da Morte

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Amor

Nada a declarar

Amor

Esses seus olhos
Brilham a cada instante
Será um problema
Você ser meu amante?

Seu lindo sorriso
aparecendo o tempo todo
Eu não quero apenas
Ser seu amigo

Nos beijamos no parque
Nunca me senti tão feliz
Mas por que o mundo todo
Nos olha assim?

As pancadas chegaram
Os julgamentos vieram
Os gritos não faltaram
Por que as coisas
têm que ser assim?

Somos apenas um casal
Como um desses bobos
Os outros nos desprezam com o olhar
Será que é por que
somos garotos?

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Algemas

Oi, gente! Desculpem a demora (de novo)

Algemas

Era uma garota
Uma garota solitária
E ela sempre sonhava
Que um amigo ganhava

Vivia num mundo de robôs
De pessoas sedentárias
Um mundo com regras
Que pessoas diferentes
Eram eliminadas

"Sinto muito por estar viva"
É o que ela costumava dizer
Suas palavras foram perdidas?
Não sabia o que fazer
Com sua existência insignificativa

As vozes eram altas
Seus pensamentos baixos
As palavras armadas
Ligando o fatos

A garota sonhadora estava atada
Nas algemas do julgamento
E presa na solidão

Em silêncio
Ela se arranhava
Ninguém percebia
Ninguém se importava
Até o dia em que seu desejo concedia
E pela última vez
Seus olhos fechava