segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Desordem

Desordem


A colina se espreguiça
o sol espirra
as nuvens metem as lâminas nos pulsos
e você sorri daquele jeito bobo
sem se importar com o mundo a sua volta
cometendo seu pecado
com sua alegria insana

devorando outro lábio
olhando outros olhos
e me matando
estraçalhando o coração que já não me pertence
jogando minha alma no rio
deixando a correnteza obscura me levar

eu grito num silêncio rouco
mas seu ouvido só ouve mel
por mais que eu tente acreditar
sei que essa chuva nunca vai passar

Nenhum comentário:

Postar um comentário